segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Paz


Mesmo que não conheças nem o mês nem o lugar
caminha para o mar pelo verão

domingo, 30 de dezembro de 2007

=CORES=

Cores
cheias de luz!

Cores
repletas de ternura!

Cada um com a sua côr!
Cada um com a sua Magia!

Desejo a todos os AMIGOS, um FELIZ ANO NOVO!

Que 2008 seja cheio de cores ALEGRES!

Beijos a todos

Fátima
Foto: Daniela Urbano

História do Ser


Em determinada altura de uma vida cheia de emoções, caímos no desencanto da magia.
Outrora o mundo era perfeito, reagíamos com audácia, agora tudo parece tão desfeito, reagimos com amargura.
Tanta coisa que ficou por fazer, teremos ainda oportunidade para corrigir aquilo que não fomos capazes de sentir?...
Pois é, isto são os encantadores pensamentos daquela que se encontra às voltas com a sua existência...
Mas bolas!
O Mundo inteiro é assim tão grande?
A existência de um ser humano contribui para as vitórias de um Mundo imenso?
Mas, está bem!
Continuamos a pensar que vale a pena lutar por todos os ideais que criámos, que valorizamos, ou que alguém se lembrou de pensar, e fez com que todos os outros reflectissem também...
Esta senhora pensadora, também reage às emoções reais!
E vai continuar na magia do encanto de viver!

Fátima

sábado, 29 de dezembro de 2007

Desafio Cinematográfico

Seguindo o desafio do Amigo BAIRRO DO AMOR que me incumbiu de escolher o meu Top 5 da Indústria cinematográfica,ora bem, então cá vai...



Canção de Lisboa 1933
Realiação: José Cottinelli Telmo




Brilhante Comédia Portuguesa com excelentes actores...



CLUBE DOS POETAS MORTOS (DEAD POETS SOCIETY) 1989
Realização: Peter Weir





Filme cheio de desafios pessoais, começo de uma vida, caminhos a seguir...



CHOCOLAT 2000
Direcção: Lasse Hallström


Uma experiência de Vida...



HARRY POTER E A CÂMARA DOS SEGREDOS
Realização: Chris Columbus



Uma História de Magia...

A Vida é Bela (La vita e bella) 1997
Protagonizado por Roberto Benigni


Uma Lição de Vida...


E agora vou também passar o desafio aos amigos:
O Sibarita, Oliver Pickwick, Coisas do Gui, Cegueira Lusa

Vídeos

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

sábado, 15 de dezembro de 2007

ENCANTO

A folha de papel,
encanta o pensamento,
de um indivíduo qualquer...

A folha de papel,
reabre o encanto
e as certezas mais firmes...

A folha de papel,
ENCANTA-ME!

Fátima

VIDA

Contando o cheiro de Inverno...
Saboreando os mistérios do Mundo...
Andando sobre o mar imenso...
Indo de encontro à VIDA...

Estou aqui,
para aprender,
o encanto e a beleza,
de uma saúde pura,
de uma VIDA FELIZ!

Fátima

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Outono

Trouxe esta "folha de Outono"
da Amiga Cantares de Amigo! para distribuir para todos os amigos.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Fernando Pessoa

Tudo quanto penso

Tudo quanto penso,
Tudo quanto sou
É um deserto imenso
Onde nem eu estou.

Extensão parada
Sem nada a estar ali,
Areia peneirada
Vou dar-lhe a ferroada
Da vida que vivi.
(...)
Fernando Pessoa, 18-3-1935

Dia Internacional dos Direitos Humanos

10 de DEZEMBRO
Este Blogue associa-se à Amiga Amigona avó e a neta princesa, no seu "post" DIREITOS HUMANOS também podemos ler a Declaração Universal dos Direitos Humanos.

"Para que cada um de nós possa ler e recordar o que cada ser humano tem direito"
Amigona avó e a neta princesa

domingo, 2 de dezembro de 2007

Selinho

Presente do amigo GUI

Passo este selinho para todos os Blogs, que para mim são muito importantes!
Abraço a todos.

sábado, 1 de dezembro de 2007

MOMENTO

Pedro Abrunhosa

Música

Do Mar...


Trouxe estas pedrinhas maravilhosas da Amiga CANTARES DE AMIGO
com a mensagem:
ESPALHAR PELO MUNDO

com toda a AMIZADE partilho com todos os AMIGOS.

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

O Tempo


O tempo acaba o ano, o mês e a hora

O tempo acaba o ano, o mês e a hora,

A força, a arte, a manha, a fortaleza;
O tempo acaba a fama e a riqueza,
O tempo o mesmo tempo de si chora;

O tempo busca e acaba o onde mora
Qualquer ingratidão, qualquer dureza;
Mas não pode acabar minha tristeza,
Enquanto não quiserdes vós, Senhora.

O tempo o claro dia torna escuro
E o mais ledo prazer em choro triste;
O tempo, a tempestade em grão bonança.

Mas de abrandar o tempo estou seguro
O peito de diamante, onde consiste
A pena e o prazer desta esperança.


Luís de Camões

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Amizade e Tolerância

Aqui agradeço a generosidade e amabilidade da Amiga O Silêncio Culpado, que me presenteou com este prémio! Muito Grata Amiga.

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Namorando com a Natureza

Foto:Olga


Inda o sol mal raiava o céu e já as andorinhas
Bailavam, para cá e para lá, numa orquestra
Bem ritmada acompanhada pelas florzinhas,
Que assim escutavam ao longe a dita palestra.

Sentia-se no ar o olor da primavera reinante,
E conforme ia-se sucedendo o dia os animais
Começaram a sair do seu misterioso palanque,
Onde passaram a noite, entre os vegetais.

Finalmente o dia confirmou-se junto ao Tejo,
E um arco-íris fundiu-se a ele, consoante
Minha vista se ajustava, porque, o que eu vejo,

É um miríade de águas límpidas, a se mostrar,
Louva a deuses e borboletas que, doravante,
Serão parte integrante da natureza a se namorar.

22/04/07

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

ESTE BLOGUE ESTÁ SOLIDÁRIO COM O POST DO BLOGUE CEGUEIRA LUSA

Texto retirado na íntegra de http://www.cegueiralusa.com/

Vergonhoso: professores das AEC não recebem

As Actividades de Enriquecimento Curricular (AEC), há quem as designe de Actividades de Empobrecimento Curricular, nasceram algo tortas e, como diz a sábia voz do povo, «aquilo que nasce torto, tarde ou mal se endireita». Não querendo tomar a parte pelo todo, não me atrevo, para já, a juntar-me ao exército, que tem visto as suas fileiras engrossarem, daqueles que diabolizam as AEC. Apesar de não ser novidade para ninguém que me conheça que não concordo com o modelo adoptado nem com os objectivos (se é que estes existem) que estas se propões alcançar. Todavia, posso afirmar, convictamente, que este modelo contribui para o empobrecimento dos professores envolvidos no projecto. A trabalharem desde Setembro sem receberem um cêntimo pelos seus serviços é absolutamente inaceitável. Não esqueçamos que estes profissionais trabalham a «Recibo Verde», portanto há uma boa parte do ano em que não recebem coisa alguma. Isto já é preocupante. Pensar que estas pessoas desde Julho que não auferem qualquer vencimento suscita-me algumas questões: Quem paga a renda / prestação da casa? Quem paga a alimentação? Quem paga a água, a luz, o telefone? Como é que se vive assim? Não esqueçamos que muitos têm que se deslocar em transporte próprio para a (s) escola (s) onde leccionam. Não sei se esta situação se está a passar em todo o país. Em Viseu esta é uma realidade dramática. Parece que os vencimentos estão a ser processados…estavam…estarão…Ninguém sabe ao certo. O que sei é que há gente a vivenciar situações dramáticas. Um amigo disse-me que não sabe se o dinheiro que ainda lhe resta será suficiente para o combustível que lhe permita deslocar-se às várias escolas em que trabalha. Aqui está outra aberração: contratam imensa gente e depois atribuem apenas 12 horas a cada professor, horas distribuídas por distintos locais, obrigando a várias deslocações diárias. Se não expusesse esta situação vergonhosa e lamentável hoje, tenho a sensação de que nem dormiria em paz. Outros há que estão, dado o adiantado da hora, tranquilamente a sonhar com a cabeça na almofada. Enquanto isso, muitos fazem das tripas o coração, encetando majestosos malabarismos, para fazerem face às necessidades básicas do quotidiano.
Que vergonha!!!




Desafio lançado por Silêncio Culpado

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

O Sêlo da Amizade

Autora: Sindarin

Um Mimo que trouxe do cantinho do amigo Gui , e tal como ele, passo-o a todos os amigos que me visitam. Podem levá-lo e passá-lo a outros amigos.

Grata pela vossa amizade.


Gosto de Gente

Gosto de gente com a cabeça no lugar,
de conteúdo interno,
idealismos nos olhos e
dois pés no chão da realidade

Gosto de gente que ri
chora,
se emociona com uma simples carta,
um telefonema,
uma canção suave,
um bom filme,
um bom livro,
um gesto de carinho,
um abraço,
um afago.

Gente que ama e curte saudades,
gosta de amigos,
cultiva flores,
ama os animais,
admira paisagens,
poesia e escuta.

Gente que tem tempo
para sorrir bondade,
semear perdão,
repartir ternuras,
compartilhar vivências
e dar espaço
para as emoções dentro de si,
emoções que fluem
naturalmente de dentro
do seu ser!

Gente que gosta de
fazer coisas que gosta,
sem fugir de compromissos
difíceis e inadiáveis,
por mais desgastantes que sejam.

Gente que colhe
orienta,
se entende,
aconselha,
busca a verdade
e quer sempre aprender,
mesmo que seja de uma criança,
de um pobre,
de um analfabeto.

Gente de coração desarmado,
sem ódio e preconceitos baratos,
com muito amor dentro de si.

Gente que erra e reconhece,
cai e se levanta,
apanha e assimila os golpes,
tirando lições dos erros
e fazendo redentora
suas lágrimas e sofrimentos.

Gosto muio de gente assim...
E desconfio que é deste
tipo de gente que
Deus também gosta!

(Arthur de Tavola)

Um Miminho de um Amigo

sábado, 3 de novembro de 2007

sábado, 27 de outubro de 2007

A Menina do Farol


Todas as tardes a Menina sentava-se junto ao Farol, ficava quieta, pensava!

A sua vida era dividida entre a casa e a escola...quem sabe se iria ali à procura de um pouco de paz, tranquilidade, conforto. A imensidão do mar dava-lhe alento, a adoração por aquela construção solitária, era para ela o escape do mundo real... Ficava ali durante muito tempo, quem sabe desabafando... contando as suas amarguras e desalentos a sua tristeza ou a sua alegria...

O Farol ouvia-a escutava-a e confortava-a com a sua altivez e o seu silêncio.

Era tão importante aquele tempo de cumplicidade, a Menina e o Farol...

Mas a certa altura a Menina deixou de aparecer e o Farol ficava ali só...sentindo o mar, o céu, o vento, mas... Agora só!

Tal como a Menina, também eu gosto da magia, do encanto que tem o Farol, agora até eu vou visitá-lo, nada sei sobre o que aconteceu à Menina, mas garanto que sinto... sinto o que ela sentia... a vida continua... e o Farol está sempre ali para aconchegar o coração daqueles que sentem a sua importância.

Quanto à Menina, gostava de a encontrar, falar-lhe, partilhar com ela toda esta magia e quem sabe sermos amigas... assim como eu sou... Amiga do Farol!

Fátima

Autor: Miguel Afonso

Mais um Desafio


A amiga CANTARES DE AMIGO mandou-me ler!
BOA!!! Adoro ler!

Mas disse:

1- Pegar num livro que tenham à mão... não vale procurar,

2- Abri-lo na página 161,

3- Procurar a 5ª frase completa,

4- Postá-la no vosso blog,

5- Passar a Maria a 5 bloggers,

6- É proibido ir buscar o melhor livro, nem é postar a frase que acharem mais interessante,

7- Divulgar o nome e o autor do livro.

Então:

"É este o prato principal."

O Codex 632 de José Rodrigues dos Santos,
Gradiva publicações, lda.


Agora passo o testemunho:

Murmúrios, O Sibarita, Oliver Pickwick, O Profeta, Fernanda & Poemas

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Segui a PISTA

Fiquei curiosa com a pista da amiga CANTARES DE AMIGO e exprimentei. E deu....


Your Blog Should Be Yellow



You're a cheerful, upbeat blogger who tends to make everyone laugh.

You are a great storyteller, and the first to post the latest funny link.

You're also friendly and welcoming to everyone who comments on your blog.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

17 de Outubro de 2007

Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza!

Imagem Google

sábado, 13 de outubro de 2007

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

O Meu Palácio

Pedra a pedra, construí um palácio
para o meu primeiro amor
pus um tapete vermelho
e esperei-o como um espelho
que reflecte a preto e branco
amei-o tanto
sem cor

O príncipe chegou
e quando pressentiu
que eu talvez fosse pedra
fugiu

Frase a frase construí um palácio
para o meu segundo amor
entre as rimas de um soneto
um retrato a branco e preto
que nos julgava mortais
amei-o mais
que a dor

O príncipe chegou
e quando pressentiu
que eu talvez fosse um verso
fugiu

No meu corpo vou construindo um palácio
como quem vê o sol pôr
feito apenas dos meus passos
dos desejos e abraços
que nos fazem não ter fim
amo-te sim
amor

O príncipe chegou
e quando pressentiu
que eu era uma mulher
sorriu.


Jorge Palma

domingo, 7 de outubro de 2007

PAZ


Neste cantinho de Beleza,
paro e olho a grande
paz que rodeia este lugar...

Choro de emoção,
e sinto-me tão pequena,
tão insegura, neste mundo tão FORTE!

Sento-me quieta,
e escuto o barulho da água,
o murmúrio das árvores
e choro...

Tanta NATUREZA,
Tanta BELEZA,
Tanta PAZ,
E eu choro...


Fátima

sábado, 6 de outubro de 2007

La vie en Rose


Edit Piaf encanta-me!

http://www.youtube.com

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Pequenas Coisas

Falar do trigo e não dizer
o joio. Percorrer
em voo raso os campos
sem pousar
os pés no chão. Abrir
um fruto e sentir
no ar o cheiro
a alfazema. Pequenas coisas,
dirás, que nada
significam perante
esta outra, maior: dizer
o indizível. Ou esta:
entrar sem bússola
na floresta e não perder
o rumo. Ou essa outra, maior
que todas e cujo
nome por precaução
omites. Que é preciso,
às vezes,
não acordar o silêncio.


Albano Martins
Escrito a vermelho
Campo de letras
1999
1ª edição

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

FLOR

Cheirando o perfume azul,
de uma flor de saudade...

Fátima
Foto: Karula

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Prémio Visitante

Bom!... Recebi esta menção...
Cabe-me agora partilhar, com aqueles que me acompanham neste meu cantinho, e agradecer deste já todo o carinho e tudo o que de bom aprendi.

IMAGINENS ; A Minha Matilde & Cª ; O Silêncio Culpado ; CANTARES DE AMIGO ; Sophiamar ; Oceanus ; Barão Van Blogh ; O PROFETA ; MURMURIOS ; GUI ; Caminho dos Versos .

Um abraço para todos os amigos que mencionei e para todos aqueles que espero vir a conhecer e partilhar sentimentos de vida.

Obrigada

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Cesário Verde


Ao entardecer, debruçado pela janela,
E sabendo de soslaio que há campos em frente,
Leio até me arderem os olhos
O livro de Cesário Verde.

Que pena que tenho dele! Ele era um camponês
Que andava preso em liberdade pela cidade.
mas o modo como olhava para as casas,
E o modo como reparava nas ruas,
E a maneira como dava pelas causas,
É o de quem olha para as árvores,
E de quem desce os olhos pela estrada por onde vai andando
E anda a reparar nas flores que há pelos campos...

Por isso ele tinha aquela grande tristeza
Que ele nunca disse que tinha,
Mas andava na cidade como quem anda no campo
E triste como esmagar flores em livros
E pôr plantas em jarros...

Alberto Caeiro, O QUARDADOR DE REBANHOS, Poema III, in Obra de Fernando Pessoa, vol. I, Lello & Irmão - Editores, Porto, 1986
http:Poesia
Foto: http:Carlos Carvalho

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Verdade

A porta da verdade estava aberta,
mas só deixava passar
meia pessoa de cada vez.

Assim não era possível atingir toda a verdade,
porque a meia pessoa que entrava
só trazia o perfil de meia verdade.
E sua segunda metade
voltava igualmente com meio perfil.
E os meios perfis não coincidiam.

Arrebentaram a porta. Derrubaram a porta.
Chegaram ao lugar luminoso
onde a verdade esplendia seus fogos.
Era dividida em metades
diferentes uma da outra.

Chegou-se a discutir qual a metade mais bela.
Nenhuma das duas era totalmente bela.
E carecia optar. Cada um optou conforme
seu capricho, sua ilusão, sua miopia.


Carlos Drummond de Andrade
http:poesia
Foto: herc

domingo, 23 de setembro de 2007

Um Mimo a Marcel Marceau

http://www.youtube.com

COMO POETAR


Para poetar um poema,
pense, não tema...
Para escrever um poema,
não existe dilema...
Amor sempre será o tema...
Querida, não tema,
porque o lema
do poeta, e sua suprema
alegria, é escrever um poema...
Seja a beleza de um amor,
um quente abraço,
um gostoso amasso...
Seja a tristeza do desamar,
um gosto de saudade
a fuga da felicidade...
Seja a natureza em festa,
e a alegria que a alma infesta...
Seja algo que apenas
mostre que na vida há penas...
sempre teremos uma poesia,
contando algo do dia...


Marcial Salavery
http:Poema

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

"Poema Azul"



Eu hoje estou azul! Nas minhas mãos nervosas
Os dedos são azuis, longos e delicados.
O perfume é azul nas pérolas de rosas
Como o sumo é azul nos frutos sazonados.

Azul sem dimensão, do polo Norte ao Sul,
Cai nas águas do mar, nas distâncias sem fim,
E eu toda me deslumbro olhando o intenso azul
- Que na curva do Céu, nunca houve um azul assim.
O mundo, em derredor, em doida convulsão,
lateja o mesmo tom em tom mais destemido.
Até a própria noite ainda em formação
Tem um nítido gosto a azul inconcebido.
Do mais sombrio vale à serra mais erguida,
Alagando extensões e seares e pauis,
A estrebuchar de cor, é azulada a vida,
Porque o tempo, do azul, faz as horas azuis
O azul impõe-se, alastra, exorbita-se, é rei:
Transborda cada vaga, inunda cada palma...
De tudo ser azul (tão azul:) eu nem sei
Se o meu corpo é azul ou se é azul minha alma.

Bem no fundo de mim, num azul em demência
Que se alteia em cachões hora a hora mais loucos,
Esta saudade enorme e que é negra de ausência,
Dentro do coração vai azulando aos poucos.
Porque a cor é mais cor e subjuga de excesso,
Há pedaços de Céu desfolhados nos charcos
E nos cais pedra-azul, quando a hora é de regresso,
tem um quê de azulino a chegada dos barcos.
Azul pelos desvãos, em todas as alturas...
Não há sítio nenhum onde se não concentre.
De tudo ser azul, até as mães futuras
Setem gestos azuis a germinar no ventre.
Vão-se tornando azuis as verdades e os sonhos
Sem pedir a ninguém licença nem conselho...
No corpo do pomar, a carne dos medronhos
Tem um sabor azul que se tornou vermelho.
Azul que se distende ao longo do jardim;
Que vive na raiz e em cor se realizou.

Um azul tão azul, que nunca terá fim,
Como, de tão azul, nunca principiou.
Azul do abismo fundo à cor dos Infinitos
Sem o deter ninguém, sem nada que o anule.
Azul os mundos e eu e os santos e os malditos,
Azul sempre maior, em turbilhões, aos gritos,
Azul o próprio Deus que fez o azul, azul.


(Resposta de Maria Helena ao Poema de JG de Araujo Jorge do livro "De Mãos Dadas" 1ª edição 1961.)

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

De quantas graças tinha, a Natureza



De quantas graças tinha, a Natureza
Fez um belo e riquíssimo tesouro,
E com rubis e rosas, neve e ouro,
Formou sublime e angélica beleza.

Pôs na boca os rubis, e na pureza
Do belo rosto das rosas, por quem mouro;
No cabelo o valor do metal louro;
No peito a neve em que a alma tenho acesa.

Mas nos olhos mostrou quanto podia,
E fez deles um sol, onde se apura
A luz mais clara que a do claro dia.

Enfim, Senhora, em vossa compostura
Ela a apurar chegou quando sabia
De ouro, rosas, rubis, neve e luz pura.

Luís de Camões

Gustavo Adolfo Bécquer

Enquanto houver uns olhos que refectem
outros olhos que os fitam,
enquanto a boca responda a suspirar
aos lábios que suspiram,
enquanto sentir-se possam ao beijar-se
duas almas confundidas,
enquanto exista uma mulher formosa,
haverá poesia!

http:Poesia

Miguel Torga

Sei um ninho.
E o ninho tem um ovo.
E o ovo, redondinho.
Tem lá dentro um passarinho
Novo.

Mas escusam de me atentar:
Nem o tiro, nem o ensino.
Quero ser um bom menino
E guardar
Este segredo comigo.
E ter depois um amigo
Que faça o pino
A voar...


http:Poesia

domingo, 9 de setembro de 2007

Gota de Água

Eu, quando choro,
não choro eu.
Chora aquilo que nos homens
em todos o tempo sofreu.
As lágrimas são as minhas
mas o choro não é meu.

António Gedeão
http:Poetas

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Pensamentos



Quando calada, me encontro, sonhando com as mais belas paisagens que vi...
antes que se faça tarde, volto atrás no tempo, e recordo as mais belas imagens que vivi...
os encantos encontrados tão longe de mim...
as vidas com que me cruzei, os sonhos nos olhos dos outros, o desafio...
a minha vida... eu...

Fátima


Na natureza,
uma diferença
na forma traz geralmente
uma diferença na função.

B. Kisch


Um suspiro para o que foi
e um sorriso para o que será: eis a Vida.

Bourguet

domingo, 2 de setembro de 2007

sábado, 1 de setembro de 2007

Arte na Natureza

Um poudo de PAZ!

Vídeos

Jardins Felizes


Dos jardins felizes da minha infância,

eras tu a flor que eu mais gostava,

olhavas para mim com ternura,

não dizias nada...

mas sentia a firmeza do teu encanto.


Dos jardins felizes da minha infância,

eras aquela que me ouvia,

e com esse ar tão puro,

enchias de alegria a minha vida.


Visitava-te todos os dias,

e sorria para ti.

Eras o sol da minha vida,

a minha alegria de viver

o alento para seguir em frente.


Amava-te a ti, só a ti...

Dos jardins felizes da minha infância!


Fátima

Fernando Pessoa

Vídeos