quarta-feira, 12 de setembro de 2007

De quantas graças tinha, a Natureza



De quantas graças tinha, a Natureza
Fez um belo e riquíssimo tesouro,
E com rubis e rosas, neve e ouro,
Formou sublime e angélica beleza.

Pôs na boca os rubis, e na pureza
Do belo rosto das rosas, por quem mouro;
No cabelo o valor do metal louro;
No peito a neve em que a alma tenho acesa.

Mas nos olhos mostrou quanto podia,
E fez deles um sol, onde se apura
A luz mais clara que a do claro dia.

Enfim, Senhora, em vossa compostura
Ela a apurar chegou quando sabia
De ouro, rosas, rubis, neve e luz pura.

Luís de Camões

6 comentários:

papagueno disse...

olá, finalmente de volta e para ler um belo poema do imortal Camões.
Beijinhos

avelaneiraflorida disse...

Camões...

Pois é, por muitas voltas que damos...acabamos sempre por lá ir beber!!!!!

UM RESTO DE BOA NOITE!!!!
BJks

Fátima disse...

Olá amigo papagueno!
Camões sempre...

:-)
Beijinhos

Fátima disse...

Amiga avelaneiraflorida, camões sempre me encantou..

:-)
Beijinhos

Anónimo disse...

"De quantas graças tinha, a Natureza
Fez um belo e riquísso tesouro,
E com rubis e rossas, neve e ouro,
Formou sublime e angéliva beleza"

Só falta dizer que esse tesouro és tu, como se pode comprovar pela tua foto.

Uma mulher de ouro, rosas, rubis, neve e luz pura.

Fátima disse...

Muito obrigado meu amigo gui!
Espero que venhas visitar-me mais vezes.

:-)
Beijinhos