A tarde é de oiro rútilo: esbraseia.
O horizonte: um cacto purpurino.
E a vaga esbelta que palpita e ondeia,
Com uma frágil graça de menino,
Pousa o manto de arminho na areia
E lá vai, e lá segue o seu destino!
E o sol, nas casas brancas que incendeia,
Desenha mãos sangrentas de assassino!
Que linda tarde aberta sobre o mar!
Vai deitando do céu molhos de rosas
Que Apolo se entretém a desfolhar...
E, sobre mim, em gestos palpitantes,
As tuas mãos morenas, milagrosas,
São as asas do sol, agonizantes...
Florbela Espanca
11 comentários:
A grande Florbela. Já conhecia esta poesia, mas nunca é demais torná-la a ler outra vez.
Beijos!
Muito lindo o poema
Cheio de sentires
E a foto também sublime
Beijinhos
luna
boa.... pega lá uma concha para guardares o som dessas palavras...
Querida Fátima
Florbela sempre nos encanta. Obrigado pela partilha.
Beijinho.
Querida Fátima,
agora que se aproxima o fim de semana...vamos ver se consigo pôr o meu cantinho em ordem com os presentes dos amigos!!!!
agora, vim de corrida, para encontrar Florbela!!!! Vou lindamente acompanhada!!!
Bjkas, amiga!!!
Vem tomar um copo ao Cadeirão da Malta que há novidades frescas.
Obrigada por lembrares a eterna Florbela!
É sempre com enorme prazer que a leio e te leio.
E o amor milagroso e agonizante ao mesmo tempo!...
Beijinhos
Olá Fátima, linda postagem.
Parabéns!!!
Bom fim de semana.
Beijinhos de ternura.
Fernandinha
... passando ... para te ler ...
"que linda tarde aberta sobre o mar!
Vai deitando do céu molhos de rosas... "
...que lindo! bem como a imagem...
uma boa escolha!
Bjs do fundo do Oceanus
Não conhecia este, de tantos que ela tem.
Belo, como sempre!
Beijinhos
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