Sobre a ponte insegura é que é passar!
Fica o rio a correr dentro das veias.
Quanta angústia levar,
Quantas areias
De oiro
Ou de ilusão,
É como se nos fossem afogar
A inquietação.
Arcos de ferro ou de granito
E sólidos soalhos de varanda
Não me parecem piso de quem anda
A descobrir as formas imprecisas
Desta humana aventura.
Só de credo na boca vale a pena
Olhar a vida, que da sepultura
Nos acena.
Miguel Torga
Visão JL
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5 comentários:
LINDO!!!! LINDO!!!
já o comentei num cantinho amigo!!!! e com uma ponte também...
bjkas, amiga!!!
Que o rio passe depressa e leve com ele as dores e as angústias. Uma beijoca do semi-regressado Papagueno
É um dos mais belos poemas de Miguel Torga. Belo e inquietante como a própria vida.
Beijinhos
E a ponte romana que me parece insegura e nos deixas na foto a enquadrar-se com o poema. Olharmos o rio, passamos a ponte e deixamos o que nos atormenta para trás.
Beijinhos
No rio que corre nestas veias não fica para trás o seu coment, é com muito orgulho e honra que recebo o seu convite para pertencer ao seu cantinho de amigos...:)
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